terça-feira, 29 de maio de 2012

VIVÊNCIAS E MUDANÇAS...


VIVÊNCIAS E MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO  - SEXUALIDADE E EROTISMO NA HISTORIA DO BRASIL
                        Gleide Borges Hartuique

Falar em corpo, Igreja e pecado quando a America ainda era portuguesa implica compreender o que se entendia por privacidade há quase trezentos anos. Apenas em 1718 o conceito fará sua aparição.
Veja o conceito do dicionarista Raphael Bluteau:
Privado: uma pessoa que trata só de uma pessoa, de sua família e de seus interesses domésticos.
Mais tarde, em 1798, no seu dicionário frei Joaquim de Santa Rosa definia que o verbete privido – palavra substituída pro privado – designava o que pertencia a uma particular pessoa. Quase cem anos foram necessários para que privado deixasse de significar o que fosse familiar e coletivo para se centrar no pessoal.
A associação entre nudez e luxuria provocava os castigos divinos. Ameaçavam-se as pecadoras que usavam decotes. Eis que a luxuria foi associada a uma profusão de animais imundos: sapos, serpentes ou rato que se agarravam aos seios ou ao sexo das mulheres lascivas. Nas igrejas, pinturas demonstravam os diabos que recebiam as almas pecadoras, nuas em pelo, com golpes de pá e tridentes. Nos livros de oração com imagens, o justo morria sempre de camisola. O pecador, despido! Enterravam-se as pessoas vestidas, para ressuscitarem com roupas que as identificassem.
Viajantes estrangeiros que passavam pelo Brasil, nessa época, ficavam chocados com a nudez dos escravos nas ruas. As poucas blusas que escorregavam pelo ombro, os seios nus, magros e caídos, escorrendo peito abaixo. E, contrariamente aos nossos dias, não havia lugar do corpo feminino menos erótico ou atrativo do que os seios. As chamadas tetas, descritas nos tratados médicos como membros esponjosos próximos ao coração, tinham uma só função: produzir alimento. Acreditava-se que o sangue materno cozinhava com o calor do coração, tornando-se branco e leitoso.
Cá entre nós, o âmbito da higiene intima feminina, de difícil pesquisa histórica , foi brevemente abordado pelo poeta baiano Gregório de Matos. No fim do século XVII, ele escreveu sobre a carga erótica do “ cheiro de mulher”. Sim cheiros íntimos agradavam: o do almíscar era um deles. O poeta criticou uma mulher que lavara a vagina antes do ato sexual.
Lavai-vos quando o sujeis
E porque vos fique o ensaio
Depois de foder lavai-o
Mas antes não o laveis.
Lavar a carne é desgraça
Em toda a parte do norte
Porque diz, que dessa sorte
Perde a carne o sal, a graça;
E se vós por essa traça
Lhe tirais o passarete
O sal, a graça, o cheirete,
Em pouco a duvida topa
Se me quereis dar a sopa
Dai-ma com todo o sainete.
O cheiro de almíscar ainda agradava por estes lados onde o bidet só aportou no século XIX. Mas lavar o corpo com que? Um pedaço de sabão era bem raro.
Embora longe da higienização de nossos dias, certa sensibilidade ao cheiro do corpo ia se instalando. Os processos de divorcio apresentados à Igreja católica revelam traços da intolerância de certos cônjuges em função do odor. O mau cheiro impedia nas relações sexuais.

FENDA VISCOSA DO INFERNO


Ser assexuado, embora tivesse clitóris, à mulher só cabia uma função: ser mãe. Ela carregou por quinze séculos a pecha imposta pelo cristianismo: herdeira direta de Eva, foi responsável pela expulsa do paraíso e pela queda dos homens. Para pagar seu pecado, só dando à luz entre dores. Os médicos, no século XVI, acabaram por definir o desejo sexual como algo negativo e mais feminino. Mas, se a mulher fosse privada de companhia masculina, ela se expunha a graves riscos, dizia. A prova era a “ sufocação da madre” , nas viúvas, freiras e solteironas. É uma fome ou sede desta tal parte. Doença que só cessa com o socorro do macho. O prazer feminino era considerado tão maldito que, no dia do julgamento final, as mulheres ressuscitariam como homens: dessa forma, no santo estado masculino, não seriam tentados pela carne funesta.
Venenosa e traiçoeira, a mulher era acusada pelo outro sexo de ter introduzido sobre a terra o pecado, a infelicidade e a morte. Eva cometera o pecado original ao comer o fruto proibido. O homem procurava uma responsável pelo sofrimento, o fracasso, o desaparecimento do paraíso terrestre, e encontrou a mulher. Como não desconfiar de um ser cujo maior perigo consistia num sorriso? Nesse retrato, a caverna sexual tornava-se uma fenda viscosa do  inferno ( vagina)

A impotência era considerada verdadeira maldição. Desde sempre, ela promoveu profundo sofrimento, quando não situações de humilhação entre os homens. Ao longo de séculos, na literatura e na poesia, na faltaram indicações do sonho de ereções permanentes e infatigáveis. Isso porque a obrigação da virilidade já estava profundamente arraigada em nossa cultura.
Para melhorar o desempenho, nada melhor do que os afrodisíacos importados da Ásia. Mas pó que tanta ansiedade para restaurar o arsenal sexual e excitar o apetite viril? Porque o “crescei e multiplicai” era obrigatório. Era papel de o homem garantir essa operação.
Um funesto destino, porem, aguardava os esposos muito generosos, pois os prazeres acompanhava-se do exercício da mais perigosa das funções orgânicas. O espasmo masculino, voluptuosidade suprema, necessitava, segundo os médicos, de uma gestão severa e atenta. Pois a emissão do liquido seminal extraía o que havia de mais puro no sangue, impondo um esforço intenso. O DR Alexandre Meyer chegava a comparar a perda de 30 gramas dessa substancia à hemorragia de 1200 gramas de sangue. Era urgente evitar o desperdício. Saber economizar prolongava a vida.
Contraditório demais. Pois a impotência era como um pecado e a perda do liquido tambem era prejudicial. Como administrar essa situação se uma estava ligada a outra?
Assim , o homem era responsável por uma tripla função: combinar a reserva espermática, a fecundação vigorosa e evitar a voçupia da parceria. O risco? Sem esse coquetel, o coito podia detonar nascendo tumores uterinos nas mulheres, forças adormecidas nas mulheres normais, mas que eram reveladas por ninfômanas e histéricas.
Um breve papal, datado de 1587, definia a impotência masculina como um impedimento público ao sacramento do matrimônio . muitos processos contra maridos frigidos foram abertos e não faltaram julgamentos públicos nos quais os homens tinham que fazer, seminus, exames de elasticidade ou ereção.
Ter filhos sadios implicava algumas regras que cabia ao medico explicar. E elas sempre se baseavam na “ economia de espermas” daí uma preocupação enorme com a iniciação da mulher. Nada de assaltos ferozes por parte do home nem de conhecimentos por parte da mulher. A importância da virgindade se explica aqui- ela obedeceria melhor a quem a iniciasse. Se ela se excitasse muito rapidamente, explicava o Dr. Montalban, o melhor era virar de lado, para acalmá-la.
A ninfomania – o medo da mulher insaciável era um alerta. A mulher tinha que ser naturalmente frágil, bonita, sedutora, boa mãe, submissa e doce. As que revelassem atributos postos seriam consideradas seres antinaturais. Partia-se do principio de que, graças à natureza feminina, o instinto materno anulava o instinto sexual e, consequentemente, aquela que sentisse desejo ou prazer sexual seria inevitavelmente anormal. “ aquilo” que os homens sentiam, no entender do Dr. William Acton, defensor da anestesia sexual feminina, só raras vezes atingiria as mulheres, transformando-as em ninfomaníacas. “ toda mulher é feita pra sentir, e sentir é quase histeria. O destino de tais aberrações: diz ele, o hospício, direto!!
Muitos pesavam que a histeria era decorrente do fato de que o cérebro feminino podia ser dominado pelo útero e consequentemente péssima dona de casa.
A não satisfação do desejo sexual cobrava um preço alto as mulheres. A paixão por outros homens que não o marido, ou seja, o adultério, tambem aparecia aos olhos dos médicos como manifestação histérica. Os remédios eram os mesmos há duzentos anos: banho frio, exercícios passeios a pé. Em casos extremos, recomendava-se  a ablação do clitóris ou a cauterização da uretra. 

* Essa clipagem é baseado no livro da autora Mary Del Priore . A primeira parte está postada. Brevemente postarei  as outras . 

Abraço

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MUSICA ESPECIAL- REFLEXAO


COMO ESTRELAS NA TERRA TODA CRIANÇA É ESPECIAL
 


Olhem para elas, como gotas frescas de orvalho repousando nas folhas, presente do céu.
Esticando e correndo, escorregando e caindo como pérolas delicadas brilhando com sorrisos.
Não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra.
Como o brilho em dia de inverno, banha o jardim dourado eles afugentam as trevas de nossos corações e aquecem nosso ser.
Como um bom sono em que os sonhos flutuam, desperta um doce anjo.
Como fontes de cores ou borboletas sobre as flores.
Como o amor que se basta eles são ondas de esperanças, são a aurora dos sonhos e eterna alegria.
Como a densa escuridão no âmago da noite, eles são a chama que dispersa o temos.
Como a fragrância de um pomar que preenche os ares. Como um caleidoscópio e suas miríades de cores, como flores crescendo em direção do sol, como notas de flauta em uma quieta floresta. Eles são um sopro de ar fresco, o ritmo e música da vida.
Como a vida que pulsa como botões destinados a florir, como a brisa fresca da estação, eles são bênção de nossos ancestrais.
Às vezes como velhos sábios, como um riacho que corre livre, uma torrente de perguntas inocentes, eles são como uma luz celestial que brilha sobre os afortunados.
Como a lua dança sobre o lago, como um ombro amigo em meio à multidão, como um rio que desliza e serpenteia como a fresca chuva eles são o oásis no deserto. Como estrela na terra toda criança é especial.

FOTOS DE PROJETOS , DIA DAS MÃES, ETC







DIA DAS MAES- FERTILIDADE


 PARA TODAS AS MAES QUE DE CERTA FORMA NASCEU PARA SER E AINDA NÃO CONCEBEU E AQUELAS QUE JÁ TEM A OPORTUNIDADE DE EXTERNAR A DADIVA DE SER MAE.

FERTILIDADE PALMAS PRA ESSE DIA



Comunguei com a fertilidade e ela fez bom uso de mim
No alvoroço do cio, me germinou e me fez brotar o dom da vida.
Comunguei com a fertilidade e ela me escolheu como melhor veiculo semeador,acolhedor da existência.
Comunguei com a fertilidade e ela me fez desdobrar em arrebentação da seiva, em alento coragem e entusiasmo procriante.
Comunguei com a fertilidade e ela me fez ser, ser altruísmo, em doação visceral...
Quando útero, sou substancias vitais, sou fêmea glândulas a segregar fluido alimento...
Sou ser sangue ao opaco liquido branco leitoso, porção materna, seiva vital de força e energia ofertado à minha cria.
Comunguei com a fertilidade e ela me fez fêmea de luz, fonte, como berço melodia em plena missão de criar, promover,amar em perfeição, defender com fortificações o ente Ser!
Quero ser mãe

AUTORA: tirei da internet esse poema