HOMENAGEM DA ESCOLA SILVINO SANTIS AOS ALUNOS QUE A CADA DIA TEM SE ESFORÇADO E APRENDIDO O QUANTO É IMPORTANTE O ENSINO.
PARABENS A TODAS AS CRIANÇAS.
sábado, 13 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E SEUS PARADIGMAS.
A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES E SEUS PARADIGMAS.
Quando se fala em docência, podemos viajar no
mundo da teoria e prática e a reprodução do conhecimento.
Sempre fui assídua nas formações e a elas
devo muito do que tenho de bagagem tanto teórica quanto na prática. As
formações que já participei ao longo desse tempo ( falo aqui das escolas
particulares que foi onde comecei e permaneci a metade da minha vida profissional)
eu aprendi muito e levei intrinsecamente esses “fazeres” de tal forma que
contagiava a minha sala de aula. Não sei o que está acontecendo com os docentes
e formadores desse novo tempo. Isso está ocorrendo tanto nas redes particulares
, quanto nas redes públicas, onde o desanimo, o descaso faz parte na mistura
das propostas nas formações.
Falando em prática, na melhor hipótese, ela
foi apresentada como o saber fazer. O professor realizava a atividade e o aluno
copiava ou imitava sem questionar. O preparo para ser professor, por muitos
séculos, permaneceu focalizado exclusivamente no domínio do conteúdo. O docente
precisava ter domínio do conhecimento para ministrar uma ou mais disciplinas. (
viajo nesse momento em minha memória, vivenciando minha vida nessas escolas,
dando aula de historia, geografia , filosofia e sociologia e toma-lhe
domínio!!1)
O passado se repete no futuro. A educação
herda a visão do determinismo e do mecanicismo. Nesse modelo conservador ,
dominante que acompanhou a humanidade e a educação até grande parte do século
XX. A formação de professores foi designada como treinamento ou capacitação. No
paradigma conservador, esses termos têm o sentido de ATUALIZAÇÃO ou PREPARO
sistemático para determinada tarefa. Nessa visão que perdura a nossa pratica
pedagógica, ainda hoje, o professor da educação em geral, apresenta-se como um
profissional que assume o saber- fazer acreditando que pode garantir o saber –
ensinar.
Mas o que é realmente ensinar?
Ensinar é formar o aluno? Se formos a luz da etimologia,
formar define modelar, busca dar forma ao individuo, eles serão formados na
medida em são modelados, isto é , são transformados no tipo de produto que se
toma como modelo...
E mais instigante ainda, é a definição de
formar – conformar. Muito mais grave. Nesse caso, a intenção é fazer com que o
individuo aceite e conforme com o planejamento de vida e de atividades para o
qual foi formado.
As formações que tanto querem embasar o
professor para uma vivencia pedagógica eficaz, está ensinando ou formando o
profissional? Em geral, esse treinamento, vem acompanhado de uma proposta
planejada com materiais antecipadamente selecionado pelo departamento de
formação , com apostila, descrição de atividades ou tarefas a ser cumprida. A
execução da atividade nas formações independe da opinião da pessoa envolvida (
professor) pois a finalidade seria a repetição de determinada tarefa de maneira
criteriosa e a submissão dos profissionais às regras pré – estabelecidas.
A qualificação profissional recebe a
designação de capacitação que adquire força nas escolas. A capacitação tem como
finalidade o acompanhamento e a qualificação de recursos humanos para repetir
tarefas, em especial pela crescente e continua evolução das tecnologias. ( se o
educador não se inserir nessa era digital será condicionado a ser um analfabeto
digital e totalmente descartável) a
capacitação e a atualização dos profissionais tem como objeto a preparação de pessoal habilitado
para um determinado manejo ou técnica. A capacitação pode ser entendida como o
convencimento ou persuasão, o que geraria
um treino sem abordagem CRÍTICA E
REFLEXIVA.
Marin em seu livro sobre docência, diz:
“
O profissional da educação não pode e nem deve ser persuadido ou convencido de
ideias ; ele deve conhecê-las, analisá-las, criticá-las e até mesmo aceitá-las”.
Nas décadas de setenta e oitenta , as
capacitações, em geral designadas como RECICLAGEM tinham a finalidade de
renovar ou remodelar a prática pedagógica dos docentes. Essa reciclagem queria
gerar o papel de professores multiplicadores, onde aquele que iria para a
formação ( reciclagem) , acreditavam que podiam repetir seu preparo para
aqueles que não foram e assim passaria sua aprendizagem sua experiência ,
repetir seu preparo para o outro colega. Esta proposta nem chegava a uma verdade de fato, pois o
professor realizava um curso com profissionais qualificados e ao chegar à
instituição tinha dificuldade em realizar a função de preparar seus colegas
para nova atividade. Em geral, os professores escolhidos para tal RECICLAGEM
não tinham os pressupostos necessários para oferecer a capacitação para seus
colegas.
Os nossos formadores estão capacitados para
esse trabalho? As propostas que trazem para as formações são analisadas e
escolhidas para realidade de sala de aula e com embasamento dos próprios
educadores?
Ainda bem que essa nomenclatura RECICLAGEM
foi condenada, pois tendo como significado refazer o ciclo, ela implica em
voltar à universidade para refazer sua formação.
Nesse paradigma , a capacitação tem como
objetivo a atualização, a qualificação e o aprimoramento dos profissionais e
tem como finalidade possibilitar a maior eficiência e eficácia no desempenho de
atividades e tarefas em suas funções. Este paradigma precisa ser rompido com
urgência , pois estamos LEGITIMANDO a
reprodução, a memorização, a fragmentação do conhecimento,
Nóvoa , em seu livro sobre capacitação, diz:
“A
formação não se constrói por acumulação ( cursos, atividades pré-
estabelecidas, técnicas), mas sim por um trabalho de reflexividade crítica
sobre as práticas e de reconstrução permanente de uma identidade pessoal. Por
isso, é tão importante investir na pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência.”
Estamos mantendo um protocolo , obedecendo a
critérios pré- estabelecidos, levando os educadores a uma vez por mês se
sentarem e compartilharem um encontro que serve somente para a provocação, mas não instrumentalizam esses
profissionais para modificar a docência. Alguns professores de maneira
voluntaria buscam investigar novas metodologias para ensinar e aprender, mas,
na realidade , MUITOS,docentes sofrem a pressão da gestão e dos próprios alunos
para mudança. Uma mudança que está gritando e que de forma contraditória essa
mesma gestão engessa.
Mudanças. Em meio a tantas, com as quais se
articula toda a sociedade capitalista, a qualidade da educação é tida como a
meta do governo para a educação no Brasil, de forma a considerar que a formação
profissional é o único caminho que leva à obtenção da qualificação desejada. Estímulos,
como garantir uma remuneração baseada no histórico- cognitivo do aluno, tendo
como base a produção em sala de aula. Se a turma for bem assistida e notas boas
o professor terá uma gratificação, baseada nessa premissa. Entretanto, não se
pode desconsiderar que toda essa gama de estímulos do governo, não é, por si
só, garantia de qualidade.
Nessa sociedade emergente do conhecimento
começa a ser cada vez mais urgente formar e preparar as pessoas para o incerto,
para a mutação e para situações únicas e até chocantes que lhes exijam um maior
esforço para a paz e o desenvolvimento de maiores capacidades de resiliência.
Como preparar nossos alunos para essa atual
sociedade da resiliência? Nossas formações dão condições para o professor
preparar essa nova sociedade? Sabemos que não. A resiliência é a capacidade de
submeter-se a uma gama de problemáticas e ações tendo como premissa o “esticar”
o “adequar”o “persistir” o “resistir” sem se quebrar. Como uma mola que estica
e não perde o seu formato. Ela a cada instante se adéqua de maneira perfeita e
RESILIENTE.
Formações que se constrói a ideia de que
estudar não demanda esforço, busca-se a titulação sem esforço, uma formação de
faz de conta , segundo a qual um ensina
( ensina o que?)e um outro aprende ( aprende o que?) nesse sentido desfigura-se
totalmente o ensino-aprendizagem ( a resiliência). O conhecer, o explicar, o
compartilhar, o construir, o avaliar, nesse processo, fica onde? Como o aluno
terá condições de concorrer aos caminhos da Universidade se os professores não
são capazes de levá-los a percorrer esse caminho?
Participar das formações nesses tempos é
jogar fora um tempo precioso ao que tange ensino – aprendizagem.
O que está acontecendo com nossos formadores,
com a política que envolve a formação? Onde está o fio da meada para que
possamos juntos tecer novamente e não se perder mais? O que podemos fazer para
mudar e mudar urgentemente essa situação?
Fico triste, decepcionada quando deparo com
professores que tiram esse tempo para simplesmente sair de sala de aula, como
uma folga, um escape, e não pela necessidade de se preparar adequadamente, ou
buscar refletir seu fazer pedagógico, mas deveras, sabemos que nossas
formações, como foi citado acima precisa urgentemente de uma resignificação.
Gleide
Borges Hartuique
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
DE MARIAZINHA A MARIA
De Mariazinha a Maria.
Dedico essa pequena reflexão a Bia Cardoso.
Vasculhando meus pertences
literários me deparei com um livro da Marta Suplicy, peguei meu fichário e dei
uma olhada na sinopse desse livro e logo minha memória fez uma ponte para com
os acontecimentos tristes, mentirosos, caluniadores, perniciosos quanto oposição
a campanha do João Salame. Mas uma coisa eles acertaram, quiseram pelo menos
acertar. Foi justamente mexer no” melindre, na menina do olho” do João. Mas deu
no que deu. Esse movimento de contrários fez justamente o oposto: fortaleceu
ainda mais a campanha do João. Mas quero, deixar claro para os que ainda estão
questionando as noticias caluniadoras e levá-los a viajar comigo a luz da
psicologia quanto a ser uma mariazinha, fato esse que para uma personalidade
marcante e critica como da Bia Cardoso , NUNCA, eu digo NUNCA encaixaria em seu
perfil. Ela é sem sombra de dúvida sempre foi e sempre será uma MARIA.
O QUE VEM A SER UMA mariazinha.
“
Fala-me dificultosamente
De
um país não documental
Onde
apenas acontece
O
que em verbo não se conta
E só
em sonho, em sonho e sombra, se adivinha.
(Carlos
Drumond de Andrade)
A mariazinha
pode ser encontrada em todos os lugares, independentemente da classe social,
estagio intelectual ou autossuficiência econômica. Ela pode usufruir dos
privilégios da alta sociedade e não ter
autonomia, pensamento próprio ou percepção de si mesma. Ser acadêmica e
totalmente desligada de sua situação no mundo ou temerosa em enfrentá-lo. Ser
muito rica por herança, ou mérito próprio, mas se comportar emocionalmente em
casa como a mais tonta e submissa das mulheres.
A mariazinha
constantemente desvaloriza o que consegue e sonha, tudo que ela quer é um
príncipe encantado. Dificilmente ela percebe o seu valor. Na sua fantasia é o
homem quem irá solucionar seus problemas.
A MARIA tem existência
própria, sempre busca refletir sobre sua vida, caminha com as próprias pernas,
tem capacidade de ser por inteiro, ela não nasce mariazinha é o sistema que a
quer a faz engessar-se, mas ela não permite e logo toma posição contrária.
A MARIA não é alienada,
sempre busca elucidar os valores que foi aprendido e descarta sem medo numa
postura brilhante , eficiente e consciente do que é melhor. A jaula que aprisiona a mariazinha não passa
pela vida da MARIA, pois essa jaula interna ela tem a chave e se apropriou dela
e não abre mão.
NUNCA ela
permite ser humilhada moralmente, sexualmente, e tem consciência do seu próprio
valor.
O espaço que
ela conquistou como mulher, cidadã, mãe , esposa ,ela preserva como um tesouro
e sabe defender-se de tudo e de todos e tem no seu eixo esse apropriar e sua
auto estima sempre está assegurada.
Bom,
elucidando essas duas personalidades quero deixar claro que o perfil da MARIA é
esse que não pode ser enganado por uma sociedade que está acostumada a ouvir
desculpas de mulheres mariazinhas que usam “ eu caí da escada, eu escorreguei
no chão” por isso esse hematoma ou esse braço quebrado.
A MARIA não
permite tal situação, ela mesma a emancipa, mesmo tendo uma sociedade
machista, onde cidadãos não usufruem de
direitos civis e oportunidades iguais, ela cava seu espaço tanto no campo do
crescimento profissional como na esfera psíquica o seu espaço ao sol.
Parabéns Bia
Cardoso pelo exemplo de MARIA que és . Você como MARIA, deu provas que és
organizada, centrada, busca seus interesses e não deixa de ser esposa e mãe
exemplar. Sabe demonstrar amor e muito mais que isso , sabe amar. Dar carinho
ao velho, à criança, sabe lutar e não cansa. Sabe ser muito mais que mulher,
sabe caminhar e mesmo sendo frágil não se deixa dominar.
Gleide Borges Hartuique
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Psicopedagoga
Educação Especial
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
PANORAMA... . VISÃO SIMPLES.
PANORAMA
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NUMA VISÃO SIMPLES
Estava vasculhando meus arquivos e
colocando-os em ordem para começar a estudar para os concursos ( três
exatamente) de Educação especial, comecei a fazer um retrocesso na bagagem
adquirida sobre os teóricos e a força motivadora que eles fazem quando lemos e
aprendemos de suas epistemologias.
Dentre os acervos que ainda restam em minha
estante ( pelo fato de minha casa ter queimado , foram-se meus ricos tesouros,
meus livros), peguei um de concurso publico e não dei muita importância, pois tenho um
novo que foi comprado a poucos dias e ainda nem terminei. Mas abri, mesmo assim , e algo me chamou
atenção:
“ A
pedagogia tradicional é encarada por
Paulo Freire como uma EDUCAÇÃO DE CONSCIENCIA BANCÁRIA.”
Analisei essa frase e me pus a pensar sobre a
educação que usufruímos e que pregamos como educadores. Foi como estivesse
tomando uma cacetada na cara.
Freire , escreveu essa frase em 1983 e até
hoje não tivemos muitos avanços . O professor ainda é um ser superior que
ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancária. O educando recebe
passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Educa-se
para arquivar o que se deposita.
É desgastante a rotina em sala de aula ,
lutamos tanto para vermos nossos alunos saírem dessa posição e não notamos que
o fazemos de forma tão deseducada onde o mecanismo que impera nossas aulas
fazem com que o tempo e o espaço não mude.
Se fizermos um panorama histórico da educação
onde nos primórdios a educação das sociedades tribais eram aprendidas pela imitação , onde os gestos dos adultos
nas atividades diárias faziam as crianças aprenderem PARA A VIDA, e POR MEIO DA
VIDA, sem que alguém estivesse especialmente destinado a tarefa de ensinar. E
eles realmente aprendiam.
Mais a frente , na sociedade oriental, a
educação tradicionalista, onde a população composta por lavradores,
comerciantes e artesãos, não tinham direitos políticos nem acesso ao saber da
classe dominante, o conhecimento da
escrita era bastante sagrado e esotérico. Hoje percebemos que essas sociedades
caminham a todo vapor e com explicáveis embasamentos de seus sucessos, dado a
importância a educação.
Já na Grécia
podemos considerar o berço da pedagogia (a Paidéia ) onde a significado
de pedagogia no grego é aquele que conduz a criança à escola. Os escravos ,
conduziam , acompanhavam os filhos dos abastados à escola. Com o tempo, o
sentido de pedagogia se ampliou para designar TODA TEORIA DA EDUCAÇÃO.
Chegando a IDADE MÉDIA, os parâmetros da
educação visava o homem como criatura divina, de passagem pela Terra e que deve
cuidar em primeiro lugar , da salvação da alma e da vida eterna. Recomendava-se
consultar grandes sábios, divindades para ter acesso a grandes clássicos e
livros sagrados. A visão Teocêntrica de
Deus como fundamento de toda a ação pedagógica e da formação do cristão. As
técnicas de ensinar e de pensar eram rigorosas e formal.
No RENASCIMENTO, com a chegada do Humanismo e
Reforma a educação tornou-se moda e exigência.
A meta da escola não se restringia à transmissão de conhecimentos, mas a
formação moral. A autoridade dogmática da Idade Media foi deixada pra trás ,
incluindo a grande massa popular para o acesso a educação.
Falando em grande massa popular, não deixemos
de lembrar de Pestalose, considerado um dos defensores da escola popular
extensiva a todos. Reconhecendo a função social do ensino ( século XIX).
No século XX , temos apregoado A EDUCAÇÃO
PARA A DEMOCRACIA. Uma pedagogia tributária da psicologia, sociologia antropologia,
etc, tem acentuado a inclusão da cultura científica como parte do conteúdo a
ser ensinado.
Para DUKHIM , a educação é uma atitude
descritiva, voltada para o exame dos elementos do fato da educação , aos quais
aplica o método cientifico .
Para GESTALT,
a educação , no processo da aprendizagem recusa-se o processo mecânico
de exercícios e sim, situações que ocasionam experiências ricas e variadas , levando o sujeito ao
amadurecimento e à emergência do insight.
E A ESCOLA NOVA?
Ela fala sobre a educação integral ( o
intelecto, o moral e físico) uma educação ativa, prática, sendo obrigatórios os
trabalhos manuais, exercícios de autonomia, vida no campo, internato, ensino
individualizado.
Escolas de métodos ativos como Montessori e
Decroly, estimula a atividade livre, com base na autoeducação. Supervalorizava
a criança e minimizava o papel do professor, quase omisso. A escola Nova era
oposta ao autoritarismo da escola tradicional, crendo que essa ação resultava
em ausência de disciplina, e consequentemente descuidando da transmissão do
conteúdo.
Dentro dessa visão de escola nova, viajaremos
por vários tipos de teorias tais como:
Teoria Socialista de Gramsci, que a educação
está centrada no valor do trabalho e na tarefa de superar a dicotomia fazer e
pensar, cultura erudita e cultura popular.
Teoria Progressista de Snyders, sendo contra
as pedagogias não diretivas , defendendo o papel do professor, a quem atribui
uma função política.
Teoria Antiautoritárias de Carl Rogers, visa
antes de tudo, colocar o aluno como centro do processo educativo, como sujeito
e livrando-o do papel controlador do professor. Acompanhar o aluno, dirigi-lo
dando condições para que ele desenvolva suas experiências, e se estruture por
conta própria.
A Teoria da Escola Tecnicista, onde exista um
planejamento racional da atividade pedagógica, parcelamento do trabalho com
especialização das funções, ensinando por computador, tele-ensino, procurando
tornar a aprendizagem mais objetiva.
Teoria construtivista, que segundo Piaget, a medida
que a influência do meio altera o equilíbrio, a inteligência que exerce função
adaptativa por excelência, restabelece a auto regulação.
Já Vygotsky, afirma que ao analisar os
fenômenos da linguagem e do pensamento busca compreendê-los dentro do processo
sócio histórico, com internalização das atividades socialmente enraizadas e
historicamente desenvolvidas.
Essa relação entre o sujeito e o mundo que
ele conhece não é direta mas se faz por mediação do sistemas simbólicos.
Ufa, que bom lembrarmos desses fatos
históricos e teorias , tendo como aportes uma realidade que se faz presente em
nosso meio. Essa escola, esse ensino, essa política pedagógica que abraçamos
hoje são frutos do passado.
Nosso amigo Paulo Freire, grande pedagogo da
atualidade, não só do Brasil mas também no mundo se embasa em uma teologia
libertadora, preocupada com o contraste entre a pobreza e a riqueza que resulta
privilégios. Na obra titulada Pedagogia
do Oprimido, ele enfatiza que o conhecer não pode ser um ato de DOAÇÃO, do educador
ao educando, mas um processo que se estabelece no contato do homem com o mundo
vivido e não é estático, mas dinâmico, em contínua transformação.
Voltando ao questionamento acima e que me fez
vasculhar meus acervos não só estudar para os concursos, lanço uma pergunta
questionadora.
O professor hoje é sujeito ou objeto da
história?
Conforme Lucksi ( 1982) , o educador é um
sujeito, que, conjuntamente com outros sujeitos, constrói, em seu agir, um
projeto histórico de desenvolvimento do povo, que se traduz e se executa em um
projeto pedagógico.
Ele deixa claro que o educador e a educação
não mudam totalmente e nem criam um modelo social, ambos se adéquam em busca
busca de melhorias para alguns problemas existentes no meio, até por que nossa
sociedade é regida por diretrizes vindas do centro do poder.
Um educador como objeto da historia sofre
ações dos movimentos sociais, sem
participação efetiva na construção da mesma, para Luckesi esse tipo de educador
não desempenha seu papel, na sua autencidade. Ele precisa e deve estar
envolvido na prática histórica transformadora.
Só a partir disso podemos dizer que o
professor ( educador) pode ser um FORMADOR DE OPINIÕES E NÃO SOMENTE UM
TRANSMISSOR DE IDÉIAS OU CONTEÚDOS.
E você
educador! Em qual situação você se encontra? Você é o sujeito ou objeto da
história? Você é um transmissor somente ou um formador de opiniões?
Gleide Borges Hartuique
Psicopedagoga
– Educação Especial ( cursando)
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