quinta-feira, 28 de maio de 2015

LINGUA , ÓRGÃO, LINGUA FERRAMENTA PERNICIOSA.



Falar dos outros é natural, é cultural, diria até mundial!
Bem divertido e reflexivo o texto de Ricardo Sottero, jornalista onde começa nos enredando à preocupação com nossa “doença incontrolável” , a língua perniciosa.  Vou sistematizar seu texto para tentar chegar onde quero e alcançar há muitos que tentam de forma dantesca ou sutil enganar a si mesmo , pois aos outros não enganam. Assinala ele:
“ infelizmente , se tudo o que dizem sobre “falar dos outros” for verdade, que é pecado, que é feio, que é reprovável, bom já lhe adianto que você tem um lugar cativo lá na casa do coisa-ruim.  Eu explico. Involuntariamente, você fala dos outros. Bem ou mal, mas você fala. Falar bem, ok, é bacana, pega bem, cria uma boa imagem, é um markenting inteligente. Mas é só da boca pra fora? Você fala bem só pra se mostrar um bom moço (a)? no seu íntimo, você realmente está feliz por falar daquela pessoa? Ó, estou falando não só dos parentes ,mas amigos , até mesmo da igreja.
E falar mal, hein? Vai me dizer que você não fala mal de ninguém? Bem vou aqui adivinhar seu pensamentos: “ ah, mas eu não falo mal de ninguém, falo só a verdade!” ótimo, é uma forma bacana de tentar enganar você mesmo (a) , mas talvez só faça sentido para você. Para quem está ouvindo, você é tão mala quanto a pessoa ofendida.
“Eu não gosto de fulano, ele é falso, fingido, mal agradecido. Mas desejo tudo de bom pra ele, não quero seu mal, que ele tenha sucesso na vida!” Óóóóó, tentar enganar Deus é o maior dos pecados, negros, meu bem não faz o menor sentido você descer a ripa, mas dizer que deseja o bem. É totalmente impraticável, pelo amor de Cristo! Não seja tão ingênuo!
Não tem como não falar dos outros. Chega uma hora que você fica sem assunto. A conversa pode até começar em carros, decoração, flores, economia, mas fatalmente virá à tona um exemplo humano dentro destes temas. E pronto! Você já está falando dos outros outra vez!
Vivenciamos a era do “falar dos outros”.  Ao meu ver, não há remédio. Pelo menos a longuíssimo prazo. É claro que não posso, mais uma vez, generalizar minhas afirmações. Há, sim quem se esforce ao máximo e seja bem sucedido na arte de “não falar dos outros”. Mas esse cara deve ser um fenômeno!


Gleide Borges Hartuique

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